Como já observamos no início deste capítulo, em um plasma
carregado em dimensões, o potencial entre duas cargas estáticas separadas
por uma distância
é dado pela Eq. (3.26), ou
seja,
![]() |
|||
![]() |
![]() |
||
![]() |
![]() |
(3.80) |
onde é a função de Bessel modificada
e
é a massa elétrica. Nesta seção vamos calcular, a
um laço,
para os modelos Maxwell-Chern-Simons-Higgs e
QED com um termo de Chern-Simons em
dimensões.
Inicialmente iremos calcular explicitamente o propagador completo do
campo de calibre no caso escalar. Como já foi visto anteriormente ,
Eq. (3.29), o campo de calibre adquire, já na
aproximação de árvore, dois pólos massivos com massas
. Se quisermos adicionar a ele as contribuições
provenientes da auto-energia do fóton, temos [26]:
com
e
Assim, a inclusão de correções radiativas, a priori,
preserva a estrutura de duas massas para o campo de calibre, agora
ao invés de
. Colecionando os resultados obtidos
para os fatores de forma no limite estático, Eq. (3.71)
podemos calcular
,
e
como sendo:
![]() |
(3.83) |
![]() |
(3.84) |
e
![]() |
(3.85) |
levando a:
![]() |
(3.86) |
e
![]() |
(3.87) |
Unindo estes resultados, podemos obter de (3.92)
como:
![]() |
![]() |
![]() |
|
![]() |
![]() |
||
![]() |
![]() |
||
![]() |
![]() |
||
![]() |
![]() |
(3.88) |
e de maneira análoga, chegamos a:
![]() |
(3.89) |
Concluímos deste resultado que, embora na forma geral
do propagador completo do campo de calibre apareçam duas massas, a
um laço, limite estático e regime de altas temperaturas,
somente uma delas sobrevive tanto em quanto em
e
podemos identificá-las trivialmente com as
e
,
respectivamente. Note que aqui, em contraste com o caso
quadridimensional, a massa magnética não é nula.
Para a , o propagador completo é obtido como sendo:
![]() |
![]() |
![]() |
|
![]() |
![]() |
(3.90) |
onde são as mesmas massas do caso escalar,
Eq. (3.93), com
e
. Vale salientar que no caso fermiônico, embora na
aproximação de árvore haja somente um pólo massivo, como
podemos observar na Eq. (3.82), quando incorporamos a
este resultado as correções radiativas, chegamos à mesma
estrutura de duas massas do caso bosônico. Neste caso, substituindo
os valores de
e
obtidos no limite estático,
Eq. (3.90), temos que:
![]() |
(3.91) |
![]() |
(3.92) |
e
![]() |
(3.93) |
onde é definido a partir da
Eq. (3.86). Dos resultados acima chegamos a
![]() |
(3.94) |
![]() |
(3.95) |
o que implica nas seguinte componentes de
![]() |
(3.96) |
e
![]() |
![]() |
![]() |
|
![]() |
![]() |
(3.97) |
ou seja, neste caso campos magnéticos estáticos não
sofrem o processo de blindagem. Matematicamente, este resultado é
uma consequência de a um laço. Note que mesmo no caso
bosônico
é nula. Lá, porém, o pólo não
massivo não se desenvolve porque
. Como veremos
na próxima seção, este resultado para o caso fermiônico é
válido em qualquer ordem de perturbação. Pictoricamente,
podemos entendê-lo da seguinte maneira: na
o termo de
Chern-Simons não é suficiente para quebrar o comportamento da
massa magnética encontrado na
. Já no caso bosônico o
fato da massa magnética não ser nulo pode estar associado com as
soluções tipo vórtice eletricamente carregados existentes na teoria de Higgs abeliana
acoplada com campo de Chern-Simons em
dimensões.