Na seção anterior calculamos o tensor de polarização
no modelo Maxwell-Chern-Simons-Higgs na fase de simetria quebrada. Naquele caso, o
propagador na aproximação de árvore já apresentava dois
pólos, o que poderia modificar o estudo dos processos de blindagem. Se ao
invés de considerarmos um campo de Higgs, acoplarmos o campo
a férmions, esta estrutura de dois pólos, como veremos a
seguir, aparecerá no propagador completo da teoria. Portanto a
pergunta sobre como estudar os processos de blindagem ainda se
mantém.
O modelo considerado é a em
dimensões com um termo
de Chern-Simons, expresso pela seguinte lagrangiana:
onde é a massa do campo fermiônico. Para o
cálculo vamos utilizar os seguintes propagadores no espaço
euclidiano:
e
respectivamente para o campo de calibre e o campo
fermiônico. A notação escolhida para as matrizes é
tal que
, ou
seja,
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(3.73) |
onde são as matrizes de Pauli. Além
disso,
são as frequências de
Matsubara para o campo fermiônico.
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O cálculo da auto-energia do fóton a um laço envolve apenas um diagrama, figura (3.3), e pode ser expresso por:
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(3.74) |
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Devido ao traço atuando sobre as matrizes
surgirão deste diagrama dois pedaços com comportamentos
distintos, um com paridade conservada e outro com quebra de
paridade
. O termo com quebra de paridade já foi calculado em
[41] e no limite estático e regime de altas temperaturas
é dado por:
onde definimos como sendo:
![]() |
(3.76) |
Já o termo com paridade conservada é expresso por:
![]() |
(3.77) |
Neste caso a decomposição de torna-se:
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(3.78) |
ou seja, a mesma considerada no caso bosônico, mas sem o
termo proveniente da quebra de simetria, isto é, com . O cálculo de
e
não apresenta muitas diferenças com
relação ao anterior. A principal delas é que devemos modificar
a soma em
de forma a considerar valores ímpares. Por
simplicidade, listaremos somente os resultados para o limite
estático e regime de altas temperaturas. Assim temos:
e