O modelo que iremos estudar inicialmente é o Maxwell-Chern-Simons-Higgs na fase quebrada, expresso pela seguinte lagrangiana:
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(3.26) |
Expandindo o campo escalar em torno do seu valor esperado no vácuo,
, como
e considerando o calibre unitário, no qual o campo de
Goldstone desacopla completamente do campo
, podemos
reescrever
como:
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Vamos efetuar o cálculo envolvendo temperatura no formalismo de tempo imaginário. Neste caso, os propagadores devem ser expressos no espaço euclidiano. Temos, portanto, para o campo de calibre:
e para o campo escalar :
onde
e
são as
frequências de Matsubara para campos bosônicos. Também estamos
utilizando as Eqs. (2.52) e (2.54), ou seja,
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(3.29) |
e
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(3.30) |
Novamente aqui vamos ressaltar a presença de dois pólos massivos para o campo de calibre, Eq. (3.29). Como já comentamos no capítulo anterior, este resultado é esperado, uma vez que estamos introduzindo na teoria dois diferentes mecanismos de geração de massa para este campo.
A seguir, iremos calcular o tensor de polarização a um laço.
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Neste calibre, temos que calcular apenas dois diagramas: o alça e o sol nascente, figura (3.2). O diagrama alça contém apenas um termo que conserva paridade, ou seja,
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(3.31) |
onde
e
A soma em pode ser calculada de diversas maneiras. Nós
iremos sempre utilizar a seguinte fórmula:
onde os resíduos são calculados nos pólos de
[5,6]. Com o uso da expressão acima,
torna-se:
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(3.34) |
Lembrando que:
podemos extrair a parte dependente da temperatura como sendo:
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(3.36) |
Vale ressaltar que, apesar de termos conseguido obter um
resultado exato, válido para qualquer temperatura, nem sempre isso
é possível. De fato, como veremos a seguir, já no cálculo
do diagrama sol nascente seremos forçados a considerar
alguma aproximação para resolver as integrais
espacias. Como iremos somar as contribuições provenientes
dos dois diagramas no resultado final é interessante expressar
no regime que iremos
estudar. Considerando, por exemplo, o limite de altas
temperaturas
, temos:
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(3.37) |
O cálculo do diagrama sol nascente, figura (3.2)(b), é um pouco mais delicado por vários motivos. Primeiro, podemos observar que este diagrama apresenta dois termos, um com paridade conservada e outro com quebra de paridade, ou seja,
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(3.38) |
onde definimos:
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(3.39) |
Também introduzimos as componentes com paridade ímpar e par, respectivamente por:
e
Na análise que iremos desenvolver estaremos considerando dois casos:
a. limite estático, onde e
, e
b. limite de onda longa, onde
e
. A escolha destes limites está diretamente
relacionada com a obtenção das massas físicas do
sistema. As massas elétrica e magnética, por exemplo, podem ser
obtidas, como já apresentamos na introdução deste
capítulo, do limite estático do tensor de polarização,
Eq. (3.21).