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Os Erros

Um fato interessante a ser observado é a diferença entre os valores dos erros entre o ensemble do vácuo e os ensembles de n partículas. Como exemplo considere o gráfico (5.1) da ação na teoria livre para o modo (0,0,0,1) em N=4. Neste caso $S_0=(127.998 \pm 0.001)$ e $S_1=(129.00 \pm 0.02)$. O aumento relativo dos erros entre S1 e S2, S2 e S3 etc, é facilmente justificado considerando que é mais fácil medir funções de dois pontos do que de quatro, seis e oito pontos, pois estas são características progressivamente mais delicadas e sutis da distribuição. Mas porque não temos o mesmo aumento dos erros entre os observáveis no vácuo e no estado de uma partícula? Isso acontece devido à forma com que estamos medindo os observáveis em cada caso. Para o cálculo de E0, os observáveis medidos são


\begin{displaymath}
\left\langle \sum_s \left( \Delta_{\mu} \varphi \right)^2
\right\rangle,
\end{displaymath}


\begin{displaymath}
\left\langle \sum_s \varphi^2 \right\rangle
\end{displaymath}

e


\begin{displaymath}
\left\langle \sum_s \varphi^4 \right\rangle.
\end{displaymath}

Considerando o segundo deles, por exemplo, temos que


\begin{displaymath}
\left\langle \sum_s \varphi^2 \right\rangle=\sum_s \left\lan...
...right\rangle=N_L^{d-1}N_T \left\langle \varphi^2
\right\rangle
\end{displaymath}

por invariança translacional, portanto


\begin{displaymath}
\delta \left\langle \sum_s \varphi^2 \right\rangle \propto
\...
...{N^{\frac{d}{2}}} \delta \left\langle \varphi^2 \right\rangle.
\end{displaymath} (5.5)

Já no cálculo de En os observáveis utilizados são


\begin{displaymath}
\left\langle {\vert \tilde{\varphi}_k \vert}^{2n} \right\rangle,
\end{displaymath}


\begin{displaymath}
\left\langle \sum_s \left( \Delta_{\mu} \varphi \right)^2 {\vert
\tilde{\varphi}_k \vert}^{2n} \right\rangle,
\end{displaymath}


\begin{displaymath}
\left\langle \sum_s \varphi^2 {\vert \tilde{\varphi}_k
\vert}^{2n}\right\rangle
\end{displaymath}

e


\begin{displaymath}
\left\langle \sum_s \varphi^4 {\vert \tilde{\varphi}_k
\vert}^{2n}\right\rangle.
\end{displaymath}

Considerando a função de 2 pontos como exemplo temos que


\begin{displaymath}
\left\langle {\vert \tilde{\varphi}_k \vert}^{2}\right\rangl...
...} \left\langle \varphi(\vec{x})
\varphi(\vec{y})\right\rangle,
\end{displaymath}

que não pode ser fatorada em uma média de $\left\langle\varphi(\vec{x})\right\rangle^2$. Assim E0 e E1 devem ter erros relativos que, conforme (5.5), diferem por um fator de escala da ordem% latex2html id marker 8134
\setcounter{footnote}{6}\fnsymbol{footnote} de $N^{\frac{d}{2}}$, ou seja,


\begin{displaymath}
\frac{\sigma_{S_0} S_1} {\sigma_{S_1} S_0} \propto
\frac{1}{N^{\frac{d}{2}}}.
\end{displaymath} (5.6)

Para observar este comportamento vamos olhar os valores dos erros relativos em tamanhos crescentes de rede. A figura (5.20) apresenta os resultados.

Figure: Gráfico em escala logarítmica da razão dos erros relativos entre a ação no vácuo e no estado de uma partícula, como função de N (eq. 5.6), para o modo (1,0,0,0). O coeficiente angular esperado é $-d/2 \equiv -2$.
\begin{figure}\centering\epsfig{file=ps/erros_1000.eps,scale=0.5,angle=0}
\end{figure}

O valor medido para o coeficiente angular $(-1.84 \pm 0.65)$ confere com o esperado, já que na escala logarítmica o valor do coeficiente angular deve ser, por (5.6), igual a -2.


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