Agora estudaremos o limite do contínuo para a ação e o número de partículas. Antes de continuar porém precisamos avaliar no contexto deste trabalho o que significa este limite.
Temos a princípio três limites a considerar quando estamos trabalhando
na rede:
,
e
modo on-shell. O primeiro deles é óbvio. O segundo
está relacionado com a necessidade de se ir para a linha crítica no
limite do contínuo, aonde
.
O terceiro está
diretamente relacionado com o projeto e condiz com a imposição da
relação on-shell no limite do contínuo ou, em outras palavras,
seleciona dentre
todos os modos disponíveis aqueles que tem significado físico, com uma
``escada'' finita e positiva no limite do contínuo.
A forma mais completa de ser pensar no limite do contínuo é a de se
tomar estes três limites simultaneamente. Existem porém dificuldades
numéricas ao se tentar fazer isso. Em primeiro lugar aumentar o
tamanho da rede mantendo
em valores especificados requer muito tempo computacional. Isso
porque
é um observável a ser medido e não conhecemos a priori a relação exata entre ele e
,
e N.
Além disso, com relação aos modos de Fourier, precisamos na análise
daqueles que pelo menos tendam aos modos on-shell no limite do
contínuo. Porém, a estrutura do código coleciona somente uma pequena
parcela dos modos
existentes, sendo a maior parte sem este
comportamento. Além disso, dentre os modos restantes, que tendem ao
limite certo, a grande maioria é tipo space-like na rede
finita. Isso não chega a ser um problema, mas certamente representa
uma escolha específica de limites, ditada pelas atuais limitações
numéricas e computacionais.
Paralelamente a esta discussão, para a análise do limite do contínuo
precisamos também reduzir a qualidade da
estatística por não termos recursos computacionais suficientes. Isso
implica em um aumento no valor absoluto dos erros tanto na ação quanto
na energia. Ainda assim para estes observáveis os erros são
pequenos, da ordem de 2 por cento. Porém, estes erros aumentam
consideravelmente para o operador
e para
,
que
são diferenças da ordem dos erros nos valores absolutos de S e E
respectivamente. Esta parte do estudo,
devido a esta restrição, será mais qualitativa que a anterior. Vale
salientar que esta é uma dificuldade apenas prática, uma vez que como
acabamos de observar em uma rede pequena, se tivermos possibilidade de
aumentar a estatística, os resultados para a ``escada'' serão preservados.
Nesta fase foram executadas 100 submédias com 10000 iterações em cada uma delas. Analisamos redes de 4, 6, 8, e 10 vértices nos mesmos valores de parâmetros já estudados.
Para a ação, temos os gráficos (5.11) a (5.14) que expressam o seu comportamento no ensemble do vácuo para valores crescentes de N.
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Da expressão analítica para a ação no estado de vácuo
(4.8) esperamos que o coeficiente angular de
por
seja 4, a dimensão espaço-temporal. O comportamento do
valor absoluto do
coeficiente linear não é relevante, uma vez que não está relacionado
com a divergência.
O estudo do limite do contínuo para
não é factível
com os dados e precisões disponíveis, pois requer uma análise do tipo
onde ,
const e p estão por determinar. Mesmo
assim o estudo qualitativo apresentado nas figuras (5.9) e
(5.10) indica o comportamento correto.