Outro aspecto interessante a ser discutido é a questão das
simetrias discretas. Para fazer esta análise, vamos considerar a
com a inserção de um termo de Chern-Simons, na
representação de Dirac de menor dimensionalidade para as
matrizes gama.
A transformação de paridade em dimensões tem que ser
redefinida, uma vez que a usual, levando
em
,
corresponde no plano a uma rotação. Assim, esta
transformação deve ser tal que somente uma das componentes
espaciais se altere. Neste caso, podemos escolher, sem perda de
generalidade, por exemplo,
![]() |
(2.55) |
Para garantir que o termo cinético mude no máximo por um
sinal, fazemos com que seja a única componente do campo de
calibre que se altera nesta transformação e consequentemente,
pode-se facilmente demonstrar que, sob esta transformação, o
termo de Chern-Simons muda de sinal. Já o campo
transforma-se
sob paridade como:
![]() |
(2.56) |
alterando assim o sinal do termo de massa para o campo
fermiônico. Sob inversão temporal, tanto o termo de Chern-Simons
quanto o termo de massa para o campo fermiônico mudam de sinal, já
que, neste caso,
e
. Somente a transformação de carga, expressa por:
![]() |
(2.57) |
mantém a lagrangiana invariante. Podemos
concluir daí que o termo de Chern-Simons e o termo de massa do
campo fermiônico estão relacionados entre si. Uma
consequência disso é que em uma análise perturbativa,
correções radiativas para o termo de Chern-Simons podem ser
geradas a partir do termo de massa fermiônico e vice-versa.